quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Vamos fazer travessuras?

Oiço as doze baladas de um relógio distante, perdidas no silêncio da noite, olho em redor e estou sozinha nesta estreita rua.
Um calafrio percorre o meu corpo e a minha alma grita por liberdade e como por magia umas simples gotas transformam—se numa intensa chuva. Com a música suave nos meus ouvidos começo a dançar no meio da chuva sem me preocupar com o facto de ser vista por alguém, porque hoje apetece—me quebrar as regras, apetece—me ser ainda mais feliz e viver aventuras e há tantas, mas tantas possibilidades para isso!
A minha mente começa a divagar com as possibilidades e eu pergunto—te se tens coragem de acompanhar a minha loucura, se tens coragem de acompanhar a minha liberdade.
Por isso diz—me, vamos dançar à chuva no meio da calçada?
Vamos transformarmo—nos em croquetes na praia e rebolar pelas dunas até ao mar?
Vamos escalar uma montanha só para bebermos uma cerveja diante daquela paisagem absoluta?
Vamos por a mochila as costas e caminhar sem destino dormindo numa tenda?
Hum...Dormir! Vamos provocar—nos até o desejo não poder ser contido?
Vamos deixar o carro quieto e foder em cima do capô debaixo da gélida chuva? Misturando assim o gelo e o fogo?
Numa noite fria e chuvosa como esta, diz—me, tens coragem de pensar no que poderíamos estar a fazer?
Larga tudo e apresenta—te a mim como meu eterno amante isto se tiveres um pingo de coragem e se colocares a timidez de lado, por isso responde—me!
Vamos fazer travessas?

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