terça-feira, 11 de julho de 2017

Porque a cidade também sofre

É tarde, mais tarde do que devia e apesar da gélida cidade hoje está uma noite quente onde os meus cabelos loiros brincam com o vento e o meu curto vestido acompanha a brincadeira. Os bares estão cheios e as pessoas divertidas com o copo na mão.
Passo por um casal idoso em que apesar de todo o tempo já juntos continuam apaixonados e de mãos dadas. Dou por mim a sorrir e com o desejo de num futuro distante estar assim. Entro numa estação com o interesse de ir para casa e acabo por sair em Westminster, é tarde mas não quero ir já para casa.
Observo o BigBang e sigo caminho até ao outro lado do rio e num banco de jardim iluminado por um único candeeiro sento—me para contemplar aquele majestoso edifício sendo refletido no Tâmisa. Há noite o BigBang torna-se ainda mais bonito! A paisagem perfeita com uma lua cheia!
Num banco próximo um casal ri baixinho e eu torno o meu olhar unicamente para o Tâmisa, fitando aquele reflexo que eu sei que ti irias adorar e que eu ia adorar observar cada detalhe do teu rosto debaixo desta luz fraca com o brilho nos olhos que só ti sabes ter.
Por vezes dou por mim a sonhar com o nosso reencontro e imagino mil cenários, mas nenhum se realiza, em cada.minuto das nossas vidas uma distância mantêm—se entre nós!
Sofro em silêncio e uma brisa fria aconchega as minhas lágrimas mostrando que a bela Londres também sofre com o nosso amor. Eu acredito e a cidade sabe que no futuro estaremos neste mesmo lugar contemplando a cidade que nos acolhe e nos apaixona!

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