domingo, 25 de junho de 2017

Oh doce promessa

Sigo cada trilho sem saber ao certo se é o meu ou não, sigo o percurso olhando em frente observando os obstáculos, os meus ouvidos captam vozes a chamarem—me mas o meu cérebro impede que os meus olhos procurem os donos dessas vozes. As minhas pernas movimentam—se fazendo o meu corpo continuar esse percurso longo cujo destino é totalmente desconhecido. Por vezes lá desvio a cabeça e dou por mim a observar aqueles rostos tão conhecidos e tão desconhecidos, não sei o que dizem, ou melhor sei...mas sinceramente não quero saber! Uma sombra ao meu lado...alguém vem atrás de mim, basicamente ao meu lado, não consigo identificar a sua voz nem perceber o que me diz, a curiosidade está a matar—me...quem será? Porquê é que o meu coração palpita tanto e tão rápido? Sinto a sua respiração atrás da minha nuca, não aguento mais, tenho de virar, tenho de ver quem é...gingo ligeiramente o meu corpo mas uns braços rodeiam a minha cintura apertando—me contra um corpo atrás de mim e forçando—me olhar em frente, olhar para uma visão incrível, uma visão que promete um amanhã melhor e nesse momento mais nada importa, apenas aquele abraço e a promessa que não foi proferida!
Todos os dias apaixono-me por coisas diferente, novos aromas, novos sabores, vejo algo novo todos os dias, algumas são de tirar o folgo em que nenhuma máquina fotográfica consegue "congelar" outras simplesmente fazem a minha pele arrepiar-se ficando assim com os cabelos em pé!
Então digam-me companheiros de uma vida, porquê? Porquê é que insitem em ir buscar o passado? Porquê amar quem não está presente? Porquê?

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